sexta-feira, 14 de junho de 2013

ENFISEMA




O enfisema é uma irritação respiratória crônica, de lenta evolução, quase sempre causada pelo fumo, embora outros agentes (poeira, poluentes, vapores químicos) também possam provocá-lo. No enfisema, os alvéolos transformam-se em grandes sacos cheios de ar que dificultam o contato do ar com o sangue, uma vez que foi destruído o tecido por onde passavam os vasos.
Alguns fatores hereditários também podem contribuir para o aparecimento do enfisema. Relativamente rara, a deficiência congênita de uma enzima protetora dos pulmões pode indicar maior predisposição para desenvolver a doença mesmo em não-fumantes. Nesse caso, ela se manifesta em pessoas mais jovens e sua evolução é mais rápida.
Respiração ofegante com chiado, tosse, sensação de sufoco são sintomas do enfisema, mas o pior deles é a falta de ar que se agrava à medida que a doença se agrava. Os pulmões se tornam menos eficientes e o peito adquire uma forma cilíndrica característica da doença.
No enfisema, os alvéolos ficam comprometidos e perdem a capacidade de fornecer oxigênio ao sangue e dele retirar o dióxido de carbono. Alvéolos saudáveis são minúsculos, numerosos, esponjosos e elásticos. No enfisema, são maiores, menos numerosos e comparativamente mais rígidos. Nos estágios avançados da doença, a pessoa fica impossibilitada de executar até mesmo atividades físicas insignificantes e pode necessitar de oxigênio suplementar. Nesses casos, o enfisema pode ser fatal.

ASMA




Asma é o estreitamento dos bronquíolos (pequenos canais de ar dos pulmões) que dificulta a passagem do ar provocando contrações ou broncoespasmos. As crises comprometem a respiração, tornando-a difícil.
Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco o que aumenta o problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco.
A asma acomete pessoas de qualquer idade. A maioria dos casos, todavia, é diagnosticada na infância e é comum manifestar-se em pessoas de uma mesma família.
Os sintomas mais freqüentes são falta de ar, tosse seca, chiado e opressão no peito. Gripes e resfriados costumam agravá-los. Não fume. Numa família de asmáticos ninguém deve fumar. Evite o contato com fumaça e com fumantes; todos os membros de uma família de asmáticos precisam ser orientados a respeito das características da doença e das crises. A informação correta ajuda a reduzir os mitos que cercam a doença e os doentes; identifique os sintomas iniciais das crises e tome as medidas necessárias para que não se tornem graves; submeta-se a testes de pele para identificar possíveis alergias a alguma substância específica e evite apanhar resfriados e gripes.

LEUCEMIA




Leucemias são doenças malignas que acometem os leucócitos, os glóbulos brancos do sangue presentes nos gânglios linfáticos e na corrente sanguínea. Assim como os glóbulos vermelhos (cuja função é transportar oxigênio para órgãos e tecidos) e as plaquetas (células responsáveis pela coagulação), os leucócitos são fabricados dentro da medula óssea a partir de uma célula-tronco e são responsáveis por grande parte do nosso sistema imunológico.
Nas leucemias, além de perder a função de defesa do organismo, os glóbulos brancos doentes produzidos descontroladamente reduzem o espaço na medula óssea para a fabricação das outras células que compõem o sangue e elas caem na corrente sanguínea antes de estarem preparadas para exercer suas funções.
Os primeiros sinais geralmente aparecem quando a medula óssea deixa de produzir células sanguíneas normais. Anemia, fraqueza, cansaço, sangramentos nasais e nas gengivas, manchas roxas e vermelhas na pele, gânglios inchados, febre, sudorese noturna, infecções, dores nos ossos e nas articulações são sintomas característicos das leucemias agudas.
As leucemias crônicas de evolução lenta podem ser completamente assintomáticas.

MALÁRIA




Essa doença, conhecida também pelos nomes impaludismo, febre palustre, maleita e sezão, tem como vetor fêmeas de alguns mosquitos do gênero Anopheles.
Estas, mais ativas ao entardecer, podem transmitir a doença para indivíduos da nossa espécie, uma vez que liberam os parasitas no momento da picada, em sua saliva. Transfusão de sangue sem os devidos critérios de biossegurança, seringas infectadas e mães grávidas adoecidas são outras formas em que há a possibilidade de contágio.
A prevenção consiste em evitar picadas do mosquito, fazendo o uso de repelentes, calças e camisas de manga longa, principalmente no período de fim da tarde e início da noite. Evitar o acúmulo de água parada a fim de impedir a ovoposição e nascimento de novos mosquitos é outra forma de evitar a malária.

CARDIOPATIA CONGÊNITA




A cardiopatia congênita é referida como uma anormalidade da estrutura e da função cardíacas que desenvolvida durante a gestação. É uma doença que agrupa uma série de anormalidades no coração e que está presente ao nascimento, considerando que os seus efeitos não são identificados imediatamente.
Conhecida também como DCC, pode levar anos para se manifestar provocando lesões mínimas no caso de uma coarctação da aorta. Dentre as lesões pequenas podemos citar o defeito do septo ventricular, um tipo de lesão que modifica o dia a dia comum do cardiopata e nem o proíbe de praticar atividades físicas.
A cardiopatia coronária gera lesões mais prevalentes, capaz de causar a morte de crianças com menos de um ano de idade. Considerando as causas de morte em crianças menores de um ano de idade, as anormalidades congênitas estão entre as principais causas.
As anormalidades cardíacas graves não corrigíveis, na maioria dos casos não permitem uma sobrevida com mais que alguns meses de vida.
Depois do primeiro ano, pode haver uma queda considerável nas mortes por doença congênita do coração. Mas, depois do décimo quarto ano de vida , as mortes causadas por doenças cardíacas tendem a crescer em decorrência de outras causas diferentes das anormalidades cardíacas congênitas, ou seja, o coração pode desenvolver novos tipos de cardiopatia.

HIPERTENSÃO PORTAL




A hipertensão portal é uma complicação séria da cirrose, contribuindo para algumas das complicações das hepatopatias crônicas.
A veia porta é derivada da veia esplênica e da veia mesentérica superior e inferior. Portanto, recebe o sangue que drena da circulação esplâncnica para o fígado. O fígado é o principal sítio de resistência ao fluxo venoso portal e age como uma rede vascular distensível de baixa resistência. A pressão venosa portal é normalmente baixa (5-10 mmHg), sendo a hipertensão portal definida como superior a 10 mmHg.
O tratamento medicamentoso da hipertensão portal tem como principal objetivo reduzir a pressão no sistema porta e, conseqüentemente, nas varizes (através de vasodilatação do leito venoso esplâncnico), com redução do risco de ruptura (como medida preventiva) ou redução e possível interrupção do sangramento ativo. No primeiro caso, recomenda-se especialmente beta-bloqueadores não cardio-seletivos (especialmente o propranolol ou o nadolol), podendo-se também utilizar o mononitrato de isossorbida (mas com maior índice de efeitos colaterais).

ASCITE




Ascite, ou barriga d’água, é o nome que se dá ao acúmulo anormal de líquidos dentro da cavidade abdominal, num compartimento limitado pelo peritônio (membrana que reveste também as paredes do abdômen e da pélvis e alguns dos seus órgãos). Esse líquido sai dos vasos sanguíneos por duas diferentes razões: redução da pressão oncótica ou aumento da pressão hidrostática.
No primeiro caso, a concentração de proteínas que ajudam a conter o líquido dentro dos vasos (veias e artérias) fica menor do que fora deles. Como os vasos são constituídos por tecido permeável, essa diferença de pressão permite que os fluídos atravessem suas paredes e ocupem o espaço extravascular.
No segundo caso, a concentração de proteínas no sangue é normal, mas ocorre um aumento da pressão hidrostática no sistema vascular provocada por um processo infeccioso ou inflamatório. Essa reação pode distender os vasos que irrigam o peritônio e/ou aumentam a permeabilidade vascular, favorecendo o extravasamento de líquidos para a cavidade abdominal.
A composição do líquido ascítico pode variar de acordo com a doença de base. Por isso, entre outras substâncias, ele pode conter conteúdo proteico variável, biles ou suco pancreático, por exemplo. O mecanismo responsável pela formação da ascite é semelhante ao dos edemas.