A hipertensão
portal é uma complicação séria da cirrose, contribuindo para
algumas das complicações das hepatopatias crônicas.
A veia porta é
derivada da veia esplênica e da veia mesentérica superior e inferior. Portanto,
recebe o sangue que drena da circulação esplâncnica para o fígado. O fígado é o
principal sítio de resistência ao fluxo venoso portal e age como uma rede
vascular distensível de baixa resistência. A pressão venosa portal é normalmente
baixa (5-10 mmHg), sendo a hipertensão portal definida como superior a 10 mmHg.
O tratamento medicamentoso da hipertensão
portal tem como principal objetivo reduzir a pressão no sistema porta e,
conseqüentemente, nas varizes (através de vasodilatação do leito venoso
esplâncnico), com redução do risco de ruptura (como medida preventiva) ou
redução e possível interrupção do sangramento ativo. No primeiro caso,
recomenda-se especialmente beta-bloqueadores não cardio-seletivos
(especialmente o propranolol ou o nadolol), podendo-se também utilizar o
mononitrato de isossorbida (mas com maior índice de efeitos colaterais).
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